A Jararaca Ilhoa, ou simplesmente Bothropoides
insularis é um dos grandes exemplos de demonstração de um mecanismo chamado especiação. Devido ao processo de isolamento geográfico ocorrido no passado,
vários grupos de serpentes (em especial as Jararacas) foram separados de seus
habitats naturais. Um grupo permaneceu no mesmo lugar, enquanto um outro grupo ficou completamente isolado na Ilha da Queimada Grande. Logo, estes grupos começaram a receber influências
diferentes (ambiente, alimentação, etc...) e também evoluíram de maneiras diferentes. As jararacas que permaneceram do outro lado da ilha (Bothropoides
jararaca) se alimentavam comumente de roedores
e pequenos mamíferos terrestres, já as que ficaram na ilha
da Queimada Grande, tiveram que adaptar-se
à vida nas árvores e caçar pequenas aves. Este tipo de adaptação, fez com que as jararacas presentes na ilha sofressem seleção de características distintas,
passando assim, a desenvolverem um veneno poderoso capaz de paralisar a presa, impedindo-a
de voar. Se a peçonha não matasse a presa em poucos segundos, ela poderia
morrer distante, impossibilitando o predador de comê-la. Assim, para garantir a
refeição, a cobra pica o pássaro e não o solta mais, começando a engoli-lo logo
em seguida.
A Ilha da Queimada Grande é uma ilha
localizada a cerca de 35 quilômetros do litoral do estado de São Paulo.
Desabitada, tem acesso proibido e restrito a analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
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